O director-adjunto da OMS, Keiji Fukuda, disse que o mundo “está perto” de um alerta pandémico máximo, explicando que a possível passagem para o nível 6 terá de ter em conta, após conversas com vários especialistas em todo o mundo, a expansão do contágio e a gravidade dos casos.
Ainda de acordo com Keiji Fukuda, foram já observados os “primeiros sinais” de uma propagação autónoma do vírus fora do continente americano, nomeadamente em Inglaterra, Japão, Chile e Austrália. Segundo os últimos dados apurados, existem 18 965 casos confirmados de gripe A em 64 países, incluindo 117 mortes.
Keiji Fukuda recordou que a maioria dos casos da doença não é grave e não requer internamento hospitalar, ressalvando, no entanto, que também já foram registadas infecções graves e, algumas, fatais.
“O facto de os casos graves e fatais terem afectado pessoas com problemas crónicos, mas também adultos aparentemente saudáveis, faz com que hesitemos a caracterizar a situação de leve”, concluiu Fukuda.
A OMS declarou o nível 5 de alerta no passado dia 29 de Abril, referindo então que a pandemia era “iminente”, e admite agora que pode vir a passar ao nível 6, o mais elevado na escala de prevenção.
Depois de um período inicial de algum pânico entre nós vejo com preocupação um certo baixar de braços relativamente às medidas de prevenção, o que face ao evoluir das formas de transmissão da doença pode constituir um perigo grave, tanto mais que vamos entrar no Verão, período pouco propício à propagação do vírus, mas essa realidade mudará no Outono, e temos que estar preparados.
Aplaudo por isso a decisão da Ministra da Saúde Ana Jorge por ter tomado a iniciativa de ouvir peritos médicos de todas as áreas para decidir da necessidade de Portugal se juntar aos países que já fizeram uma pré-reserva das vacinas para a Gripe A. A ministra afirmou ainda que considera prematura uma decisão imediata tanto mais que ainda não é garantido que a referida vacina venha a ser produzida, mas quer manter contacto permanente com os técnicos.